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terça-feira, janeiro 29, 2008

A falta de honestidade como atitude

Há quase ano e meio que larguei a PT da mão. A Clix não é o céu mas chateia-me muito menos. Por causa da minha avó tenho andado às voltas com chamadas intermináveis – outra vez! – para a PT. A história conta-se em duas linhas. A PT é simpática e oferece à senhora minha avó um plano de preços durante 3 meses. A cliente nem faz ideia que tem tal coisa e a sua factura tem a característica interessante de ter consumos que oscilam entre os 0€ e os 0€, por quase nunca ir a sua casa. Ou seja, o senhores da PT têm olho para isto, a minha avó estava mesmo a precisar de um plano de preços! O prazo da prenda envenenada acaba e começam a ser cobrados os valores relativos à adesão ao tal plano de preços. Et voilá! Chega a conta de Janeiro com mais 14€ do que o habitual! Horas à conversa a desancar a PT, reclamações, informações sobre rescisão de contrato, etc... conclusão: a minha avó é que deveria ter dito que não queria mais do presente traiçoeiro! Mas pena, não percebeu a carta encriptada que a PT enviou a informá-la disto e paga o preço desse azar.
Não me venham dizer que estes anormais que gerem esta empresa não sabem que estão a agir de má fé! Filhos da mãe!
(Ah! Até já me tinha esquecido! Há ano e meio tinha acontecido o mesmo com um plano de preços para chamadas internacionais que lhe ofereceram! Deve ser azar da senhora minha avó.... seguramente!!)

quinta-feira, janeiro 24, 2008

é outra vez amanhã, sexta feira

LONGE DA VISTA de João Mário Grilo
com Canto e Castro, Rita Blanco, Zita Duarte, Francisco Nascimento, Henrique Viana, Rogério Samora. Portugal, 1998 - 105 min.
Seguindo um "caso real", a história de uma singular relação por correspondência entre dois homens (um está na penitenciária e faz-se passar por mulher junto de um emigrante que é iludido pelas missivas enviando dinheiro à "sua" correspondente), é um espantoso e meticuloso retrato de um microcosmos prisional. No papel do protagonista, Canto e Castro tem uma interpretação genial.
Sex. [25 de Janeiro] 21:30 Sala Dr. Félix Ribeiro
Com a presença de João Mário Grilo e do Arq. Nuno Portas
[Ciclo O LUGAR DOS RICOS E DOS POBRES NO CINEMA E NA ARQUITECTURA EM PORTUGAL]

quarta-feira, janeiro 23, 2008

vai um mata-ratos?

A história da unidose nos medicamentos faz-me recuar até à minha infância. Perto da casa dos meus avós havia uma tasca manhosa que vendia mata-ratos à unidade. Tínhamos um tio afastado que, quando podia, lá ia comprar os cigarritos possíveis. Soa-me a pobreza. Não que o desperdício que a opulência tantas vezes pressupõe me agrade. Mas, se calhar, caixinhas de medicamentos mais pequenas e verdadeiro acesso aos médicos de família eram soluções mais civilizadas.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

suspiro

Ainda bem que é sexta...

domingo, janeiro 13, 2008

a prometida era pimentinha

Elis Regina + António Carlos Jobim em Àguas de Março... ou o tributo à mudança.

Sobre Blade Runner

"(...) Emblema de la condición posmoderna, la acción discurre en un mundo híbrido y heterogéneo, hecho de fragmentos y superposiciones, poblado de animales artificiales y androides, abigarrado de razas y subculturas, en el que el policía Gaff habla una interlingua o lingua franca, símbolo máximo del collage, una jerga hecha de idiomas como inglés, francés, italiano, español y árabe. Si en Casablanca la frase "siempre nos quedará París" hace referencia al amor y a la libertad, Los Ángeles 2019 nos remite a la inquietante pregunta clave: el futuro de la humanidad, que no tiene otro escenario posible que las metrópolis."
Josep Maria Motaner [ler na totalidade aqui]

sexta-feira, janeiro 11, 2008

a cidade na vida aos olhos dele

"Nasci no coração da cidade, num bairro de classe operária construído em meados do século passado. Uma cidade feita de quarteirões extraviados, enclaves engastados no interior de outros enclaves. O bairro onde nasci não era diferente, flanqueado por cidadelas de lata e fortalezas de classe média-alta. Não era de todo invulgar encontrar pequenas ilhas de agricultura de subsistência, não muito longe das grandes avenidas. Cinco minutos no tráfego eram o suficiente para nos cruzarmos com os primeiros hortos improvisados. Já os subúrbios, que visitava regularmente, exigiam uma meia-hora de viagem. Inebriado pela cadência das luzes amarelecidas da auto-estrada, mal dava conta do perfil que se adensava e crescia em altura à medida que me aproximava da cidade-dormitório. Por altura da minha mudança definitiva para os subúrbios, trazia já comigo uma ideia daquilo que me esperava. Da minha visita semanal a casa dos meus pais, conhecia o famoso Domingo em frente à TV. Há quem diga do habitante dos subúrbios que nasceu de um saco de cimento, um dizer popular que se baseia no assombro sentido perante a ocupação quase instantânea de novas torres de habitação. Talvez explique ainda o tédio que não raras vezes o incapacita. A existência desprovida de sentido, incapaz de comprometer-se por não saber como fazê-lo para lá de uma actividade sancionada, tal é o sentimento que se revela no seu espírito quando confrontado com tempo livre. Dormir apresenta-se então como a solução à mão, mas como todo o paliativo engendra tão-só alívio temporário. Dormir acordado é algo inteiramente diferente. Poderá confundir-se o simples dormitar com o sonambulismo, mas não poderiam ser mais diferentes um e outro. O primeiro vê território desolado onde este último encontra terreno por desbravar." Nuno Pedrosa [aqui]

arte fora de portas

Trabalhos de 21 artistas «emergentes e de média carreira» portugueses vão estar em exibição na Galeria Faulconer, da Universidade de Grinell, no Iowa, entre 01 e 20 de Fevereiro.
A exposição, com características «multimedia», apresenta-se sob o tema «De onde vens? Arte Contemporânea de Portugal». Vários dos artistas portugueses convidados participarão em palestras organizadas pela galeria, segundo um comunicado da universidade à imprensa.
O director da galeria, Lesley Wright, referiu no comunicado ter-se deslocado a Portugal em 2006 e em 2007 para preparar a exposição. Wright assinalou ter-se apercebido, nessas deslocações, de que os artistas portugueses se consideram «parte de um mundo global de arte mais alargado, embora se identifiquem estreitamente com a sua herança portuguesa».
«Ao perguntar-lhes 'de onde vêm?' damos-lhes uma oportunidade para darem respostas variadas», acrescentou. No dia da inauguração da exposição está previsto um debate sobre a arte contemporânea em Portugal.
Para o mês de Fevereiro estão tambem agendadas palestras, em dias diferentes, com Marta de Menezes, o «escultor e artista vídeo» Nuno Pedrosa e o «artista de novos media» José Carlos Teixeira. Patrocina a exposição o Instituto Camões. [+ info]


quarta-feira, janeiro 09, 2008

vem aí mais uma sexta feira

TEMPOS DIFÍCEIS de João Botelho
com Julia Britton, Isabel de Castro, Luís Lucas, Luís Estrela, Ruy Furtado, Inês de Medeiros.
Portugal, 1988 - 95 min.
Na sua terceira longa-metragem, João Botelho adaptou o romance homónimo de Charles Dickens, mas o mundo do escritor victoriano é facilmente identificado com a realidade portuguesa ("Tempos Difíceis, Este Tempo"). Num lugarejo, o "Poço do Mundo", que é um microcosmo social, convivem a riqueza e a pobreza mais extrema, a cultura e a ignorância, a perversidade e a inocência. De Dickens a Botelho, o filtro é de D.W. Griffith, com um rosto feminino, Julia Britton, que parece saída de um dos melodramas do mestre americano. A fotografia, num preto e branco rasante, é um trabalho notável de Elso Roque.
Sex. [11 de Janeiro] 21:30 Sala Dr. Félix Ribeiro
Com a presença de João Botelho e do Arq. Raúl Hestnes Ferreira
[Ciclo O LUGAR DOS RICOS E DOS POBRES NO CINEMA E NA ARQUITECTURA EM PORTUGAL]

sexta-feira, janeiro 04, 2008

parece óbvio mas será?

"(...) The physical environment of man, especially the built environment, has not been, and still is not, controlled by the designer. This environment is the result of vernacular (or folk, or popular) architecture, and it has been largely ignored in architectural history and theory."
Rapoport, Amos. House Form and Culture. NY: Prentice-Hall, 1969