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terça-feira, julho 31, 2007

Michelangelo Antonioni (1912-2007)

Já lá vão dois, num mesmo dia. Outro dos meus de culto. Ou da memória. Ou de fetiche sem justificação aparente. Dá pelo nome de Blow Up (1966). É de um senhor que foi, seguramente, descansar e jogar xadrez com o outro: Michelangelo. Que belas fitas se farão em todas as eternidades. Será que combinaram?












[imagem daqui]

Ernest Ingmar Bergman (1918-2007)

O autor de um dos filmes que mais se cravaram na minha memória escorregou ontem direito ao descanso mais definitivo (imaginamos nós). O 7.º Selo é das coisas mais bonitas de que me lembro. Consta que no final há sempre uma chuva que nos refresca o rosto.








[imagem daqui]

segunda-feira, julho 30, 2007

apontamentos 3

Estou a banhos: de trabalho. Assim deixo - versão telegráfica - uma nota de sorte ou feliz encontro. Vinha ontem costa acima, deixando a filha a banhos de mar com avós, e nos altos e baixos da viagem a europa lisboa deixou de se ouvir. Tentei a TSF. Foi sorte. Acertei em cheio na entrevista que Manuel Vilas-Boas fazia a Juan Masiá. Podem ouvir aqui a dita ou cuscar aqui o blogue deste jesuíta de 65 anos. Se eu fosse gente de se deixar inundar pela tal luz, seria seguramente por esta via... nunca pelas mais católicas.
"Foi notícia nos meios de comunicação no início de 2007: o teólogo jesuíta Juan Masiá, de 65 anos, professor catedrático de bioética, era afastado da Universidade católica de Comilhas. Pressões do Vaticano e do cardeal de Madrid, membro da Opus Dei, impediram que o padre Masiá falasse por mais tempo, no meio universitário madrileno, das questões da biogenética de que é reputado especialista. Em entrevista à TSF, conduzida por Manuel Vilas-Boas, Juan Masiá faz uma análise crítica dos últimos passos do pontificado de Bento XVI, pondo mesmo em questão a liberdade que a Igreja Católica oferece à investigação teológica."

domingo, julho 22, 2007

prémio chic-com-calça-que-encolheu

Domingo de visita à Central Tejo. O objectivo um era uma exposição de arquitectura (voltarei a ela, está cheia de ensinamentos!). Mas o que mais me fascinou, como sempre que volto ao dito edifício, é mesmo o charme do próprio edifício, com uma transformação em museu interessante (os jogos para as crianças são um belo investimento).
Mas não é para nada disto que vai o prémio em epígrafe... Este vai para o amo.te tejo. Este sítio, imensamente chic-moderno-design-ui!, prendou-me com um cafezinho-chic, acompanhado por um pauzinho-chic-de-plástico a fazer de colher. O garfo - metálico - para comer o bolo veio numa caixinha de madeira. Mas imagino que as colheres de café estivessem todas na máquina! É ou não é chic-valha-me-deus!? A imagem é a prova do chic-crime!

e agora...

...- muito rapidamente, - vou ali e já volto. Diz-se por aí que 4.ª feira já cá estou outra vez... eu tentei não dar ouvidos aos boatos mas isto uma pessoa nunca sabe.

quarta-feira, julho 18, 2007

fico a pensar

... para quando ser Lisboa a passar por esta terrível experiência? Já se sabia que estas coisas acontecem. Alguém terá alguma vez avaliado as efectivas possibilidades e consequências de uma coisa desta natureza acontecer em Lisboa?

terça-feira, julho 17, 2007

vou ali e já volto

Esta semana estou na mais completa clausura de trabalho. Avaliações e avaliações e avaliações de trabalhos. Notas e notas e notas de final de semestre. A última das entrevistas da época. Preparação da apresentação no seu2007. Investigação múltipla e diversa e trabalhosa sobre estratégias de saídas profissionais. E ainda não aterrei a sério na machadada de misericórdia que a investigação de mestrado está a pedir. Sarilhos, sarilhos, sarilhos.
Férias, quem? Eu? Ahahahahah! Isso é que era...
Bem, isto tudo à laia de justificação pela blog-ausência.

sexta-feira, julho 13, 2007

ai, ai lisboa

Faltam 20 minutos para entrarmos em período de reflexão. Domingo Lisboa vai a votos. A falta de ideias foi demasiado gritante. Acho assustador que gente como o Carmona apareça colocado em segundo nas sondagens (agora não me apetece pôr o link!), demonstra a grotesca falta de memória. O da confusão ontem é o segundo hoje. Costa vai andando bem comportadinho e a fazer-se de ganhador controlado.
O cinzentismo está para durar. Nenhuma ideia interessante e não interesseira sobre a cidade ganhará domingo. Mesmo assim é preciso votar. Para tentar imaginar que temos algo a ver com a luta contra o reino instalado.

[t*] sobre a representação francesa

[passará na rádio europa, em 90.4 fm e aqui, às 17:35h de 13 de Julho de 2007]

O Dia da França, no âmbito da Trienal de Arquitectura de Lisboa antecede o dia da Festa Nacional deste país. Esta proximidade só reforça a importância das representações nacionais em acontecimentos como a Trienal e dos dias que estas mesmas representações escolhem para sublinhar a sua presença e dar-lhe visibilidade.
Extra-muros, nome da exposição apresentada pela França, foi originalmente montada em 2001 para ser, no seu conjunto, um “museu imaginário da arquitectura contemporânea” francesa. Em Outubro do ano passado a exposição passou a catálogo, constituído por dois volumes que incluem as 208 obras que formam a mostra na sua versão completa.
Em Lisboa podemos visitar um quarto desta exposição. Em 10 lugares espalhados pela cidade é possível encontrar as 52 obras apresentadas. Para além do espaço que ocupa no interior do Pavilhão de Portugal, a mostra de obras de arquitectura francesa estende-se por mais 8 lugares em Lisboa – tão diversos como o Instituto Franco Português ou a Sociedade de Geografia – e, em Almada, no Incrível Club, antigo cinema da Incrível Almadense.
A unificar a informação dispersa pela cidade, os comissários propõem-nos um sistema suportado por uma numeração, por molduras de alumínio que enquadram textos e fotografias e por uma tentativa de comunicar através do lado mais poético das obras escolhidas.
Nem sempre as fotografias e os textos são suficientes para compreendermos a totalidade do que nos é proposto ver. Nem sempre existe informação suficiente – exposta e no apoio à exposição – que permita alimentar mais além a eventual curiosidade do visitante. Também nem sempre a exposição – principalmente na secção do Pavilhão de Portugal, com 22 obras – consegue cativar e aguentar a atenção de quem a visita, até por alguma confusão que pode sair do conjunto de imagens e textos não obviamente relacionáveis. Dificuldades estas que poderão ser acrescidas para não‑arquitectos e que contrariam a vontade proposta pelos comissários de seduzir e despertar o interesse do grande público.
É no entanto de sublinhar a aposta menos ortodoxa em obras que desarrumam o conceito mais estrito de arquitectura. Isto é conseguido tanto através da escolha de obras de auto-construção ou sem autor identificável, como através de outras cuja finalidade ou forma excedem o que tradicionalmente nos habituámos a considerar como pertencentes ao mundo da arquitectura.
Se o objectivo dos comissários era trazer à luz o que se afasta da mediocridade e merece, por isso, a nossa atenção, então, e tendo o visitante a persistência necessária para se apropriar do que vê, chegará lá.

É possível participar, como actividade integrada no Dia da França, na visita guiada que será realizará a partir das 11 horas do dia 13 de Julho. Percorrendo 5 dos 10 lugares da exposição, é proposta uma leitura acompanhada das 9 obras arquitectónicas expostas no Music Box, na cafetaria do Museu do Chiado, na livraria Ler Devagar ZDB, na Sociedade de Geografia e no Restaurante VerdePerto.Para quem se desloque ao Pavilhão de Portugal no Parque das Nações, poderá assistir, ainda, a uma mesa redonda, às 4 e meia da tarde, sob o título Vontade de Amar, às performances culinárias do designer Germain Bourré e ao concerto, às 6 e meia, no pátio do pavilhão, do grupo franco-português O’QueStrada. O acesso a todas estas actividades é gratuito. Tudo ingredientes para que passe um bom dia a descobrir a arquitectura e cultura francesas presentes 1.ª edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa.

quarta-feira, julho 11, 2007

festa da diver(c)idade

Vão ser 3 dias de festa (13, 14 e 15 de Julho), com 80 organizações, no coração simbólico da cidade -> Terreiro do Paço. E como domingo é para ir a votos, o melhor é praticar diversidade e diverCIDADE e cidadania em festa, para ir treinando... (entrada livre).







[Programa aqui]

apertos no estômago

Estou a preparar um textinho (mesmo pequenino!) sobre o dia da frança na [t*]rienal para a europa. Ai, que ansiedade... depois informo, claro! (às vezes nestas coisas aviso na versão menos clara... mesmo a roçar a versão enigmática-abstracta, como se viu aqui! ninguém percebeu que eu estava ao barulho! melhor assim?!)

terça-feira, julho 10, 2007

segunda-feira, julho 09, 2007

insondáveis mistérios da rede

As surpreendentes pesquisas que fazem com que alguém chegue ao nosso blogue são muito interessantes. Via google recentemente alguém chegou aqui porque andava à procura de:
1) "casa para as ferias setubal" e 2) "trituradoras de cozinha".
Devem ter sido situações de uma brutal desilusão... coitados.

delírio

O meu sonho era ter um@ secretári@. Competente, eficaz, capaz de colocar toda a minha vida em ordem. Como amaria esse ser!
(estou há um ror de horas à volta com cartas e cartinhas, requerimentos e emails... socorro, quero a minha mãe, tirem-me daqui, crescer é uma treta gigante...)

sábado, julho 07, 2007

[t*] rui tavares e "o arquitecto"

Rui Tavares apresentará o seu livro "o arquitecto" (da tinta da china) na próxima 4.ª feira, pelas 18.00h, no Pavilhão de Portugal (+ info). O texto, uma peça de teatro em dois actos, fala de Minoru Yamasaki (Seatle, 1912 - 1986), um arquitecto estado-unidense de origem japonesa razoavelmente colocado fora dos escaparates das arquitecturas mundiais e que foi resgatado deste quase-anónimato pelo dramático fim de uma das suas obras: o World Trade Center (Nova Iorque, 1966-73, destruído em Setembro de 2001).
Já tinha lido sobre o dito livro n'a invenção de morel há uns dias. Agora teremos oportunidade de assistir ao lançamento... fica a muita curiosidade de ler esta viagem das histórias e das arquitecturas proposta pelo Rui Tavares. (post it: ler nas "férias"?)















[imagem daqui]

acasos

Confesso que andava a tentar comprar para a e. - mesmo se pouco convicta - umas t-shirts. Confesso que entrei na benetton e - porque estava muito estafada - decidi ir de elevador (nota: a secção dos putos pequeninos é quase no último andar!). Como me tem acontecido muito ultimamente entrei em regime automático. Resultado: acabei no - efectivo - último andar [fabrica feature] a cuscar o trabalho de Nuno Coelho.

O trabalho Uma Terra Sem Gente Para Gente Sem Terra é uma exposição que estará neste espaço, mesmo no centro do Chiado (Lisboa), até dia 27 de Julho. De certa forma, deu por mim convidada a pintar, com os lápis coloridos com que a Viarco patrocinou o projecto, um dos mais tristes acontecimentos deste momento moderno de início de século XXI onde dizem que estamos: a não-relação complexa entre palestinianos e israelitas. Vale a pena passar, pintar e pensar.








[imagens daqui]

sexta-feira, julho 06, 2007

O prometido é devido: vo(l)tei

Eu não gosto de fazer as coisas à maluca. Andei a investigar, vi a história da nomeação, a lista (felizmente) longa e heterogénea de nomeações (contei mais de cem já identificadas no blogue respectivo)... Esta obsessão de investigadora não se descola facilmente da pele!
Posto isto, é o momento de:
1) citar o objectivo do galardão: "O blogue com grelos premeia mulheres que, na sua escrita, para além de mostrarem uma preocupação pelo mundo à sua volta ainda conseguem dar um pouco de si, dos seus sentires e com isso tornar mais leve a vida dos outros. Mulheres, mães, profissionais que espalham a palavra de uma forma emotiva e cativante. Que nos falam da guerra mas também do amor." [texto daqui]
2) e identificar as minhas nomeações que vão – e por ordem alfabética – para:
cacaoccino

[nota: as regras referiam que as nomeadas fossem parte de blogues só escritos por mulheres. Limitou-me a escolha e nem sei se concordo mas aceito o herdado e voto! Votei em blogues mais do que em mulheres que participam em blogues...]

Blogue com quê?

...grelos?! Ena, ena!
Primeiro não percebi nada. Depois fiquei baralhada. Depois fiquei surpreendida. Depois não queria acreditar que alguém - com calma... - que não me conhece de lado nenhum (isso existe?) se lembrasse que eu blog-existo. Depois pensei “que cena maluca!”. Depois pensei ainda “e o que é que eu faço agora?”. Depois ainda voltei a pensar e saiu: “esta cena ainda me vai dar trabalho!... Cinco blogues?! Começa a pensar patsp..., começa a pensar...”.
Estou a pensar. Vou ali e já vo(l)to... [VO(L)TO MESMO!]
(confesso: é o primeiro prémio que recebo na vida e fiquei assim entre o ansiosa, vaidosa e o “quero agradecer aos meus país e avó, aos meus amigos, filha e etc... sem eles não era nada do que sou hoje, blá, blá, blá...”)







(e isto guarda-se onde? na lapela? no bolso? na lateral? na roupa interior? ponho no cv?)

epá, é agora, daqui a 2 semanas

Nas conversas familiares sempre se discutiu Lisboa. E sempre, também, o tema da grande – imensa! – faixa império do Porto de Lisboa vinha à baila e acabávamos a comentar como era difícil imaginar a situação que se vive na capital. A estranha realidade de o território de ligação entre a cidade e o rio – um dos temas blá-blá-típicos – pertencer a uma estrutura completamente divorciada da restante cidade e que não dá cavaco a ninguém... aquele monstro que nasce ao Cais do Sodré é só um exemplo mais (o mais recente?).
Até parece que a faixa-de-cidade-nas-mãos-do-PL não é território da cidade. Que não nos pertence. Que não é importante.
Mas realmente não nos pertence, não pertence à restante cidade. Vale demasiado dinheiro para poder ser de todos os habitantes da cidade...
Mas as coisas prometem mudar porque, segundo o DN: “qualquer que seja o próximo presidente da autarquia da capital, a Administração do Porto de Lisboa (APL) deverá ver os seus poderes limitados”. Daqui a 2 semanas - mais coisa menos coisa - a cidade voltará ao rio! Yuppi!

quinta-feira, julho 05, 2007

do tudo que é nada

O calor aparenta estar para ficar (ainda lhe vamos chamar nomes feios), o meu cabelo encolheu por um efeito surpreendente de magia – isto dito por mim, que não acredito nestas coisas, ufa! –, estamos quase a ir a votos para a CML (ele é escolher, oh menina!), o tal do Berardo é mais falado (a propósito de tudo e de tudo?!) do que o Cristiano Rónaldo (a propósito do mulherio), deste último ouvi boatos de que encomendou o projecto da sua casa (onde?) ao Souto de Moura, o Sócrates dá graxa ao ego por essa Europa fora, os biocombustíveis aparentam estar na mais completa moda (e aconselha-se?!), etc.
Assunto não me falta. Sobre cada um deles dava para escrever várias páginas ou mesmo uma ou outra postagem. Mas tenho uma apresentação para preparar, um mega-texto para rever e fechar, trabalhos para corrigir e notas para dar (versão simplificada). A vida atropela sempre a vontade sonhada e/ou desejada.

segunda-feira, julho 02, 2007

europa civilizada

É como quem diz: aqui o ganho fácil é o que está a dar, o desrespeito por quem trabalha e dá o litro deve ser banalizado, a filha-putice das gestões danosas é modernice, a falta de vergonha na cara é um atributo chic!
Não, desengane-se quem pense que estou a falar de mim. Poderia estar a falar de demasiados pseudo-empregados-recibos-verdes de demasiadas pseudo-empresas-feitas-e-desfeitas-àbrir. É a europa moderna e neo-liberal, sem escrúpulos, sem pudores, nas mais perfeitas tintas para quem fica a arder ao dinheiro que as tais empresas lhes devem e com o qual contavam cumprir compromissos (tipo: comidinha, creche dos filhos, renda de casa... luxos!).
É deste caso específico que eu estou a falar: sucessoescolar.com. O pudor fê-los desaparecer do sítio da internet - era aqui: http://www.sucessoescolar.com. Um conjunto de professores lesados decidiu não deixar o assunto morrer e anda numa justa guerra com o sr. empresário distinto. A novela contada no anatomia de uma fraude. Espero que sejam - no meio do descrédito generalizado - uma história de sucesso contra a barbárie. Boa sorte s. e etc.
[mas eu tenho cá para mim que, quando for grande, quero ser um filho da puta de um empresário moderno deste país. Ah!men!]





















[imagem daqui]

olhares outros