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domingo, junho 24, 2007

dos gatafunhos

O Freud explicaria e eu, se estivesse para aí virada, também. Tenho uma dificuldade efectiva com a finalização de textos. Sejam eles – e por consequência as notas finais – grandes ou pequenos. Raio do parágrafo final que tarda tanto a fechar o assunto com o que lá para trás ficou.
Com as confusões familiares a complicarem ainda mais o calvário habitual do “fim”, lá acabei o texto que apresentarei aqui, lá para finais de Julho. Acho sempre que as apresentações nos salvam da desgraça da escrita. Mas a escrita é o que permanece. E algumas apresentações são ainda mais desgraçadas: por ausência de assistência ou outras. Conclusão: com estas manias de termos coisas a dizer aos outros estamos sempre lixados (esta, como conclusão, até foi fácil!).










[o objecto "de estudo", foto daqui]

direito a habitar - em chelas



[mais informação aqui]

sexta-feira, junho 22, 2007

da junta? da república?


[não fui só eu que achei estranho: cartaz vem daqui...]

quarta-feira, junho 20, 2007

terça-feira, junho 19, 2007

[t*] a palavra à arquitectura brasileira

"O arquitecto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, Prémio Pritzker 2006, irá dar uma conferência no Grande Auditório do Instituto Superior Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) no próximo dia 25, às 19 horas.
A conferência, integrada na Trienal de Arquitectura de Lisboa, contará ainda com a presença do arquitecto Manuel Graça Dias convidado a fazer a apresentação do orador." [info daqui]









Praça do Patriarca, São Paulo [foto daqui]

segunda-feira, junho 18, 2007

publi(cidade)s

Aqui há uns dias, no ma-schamba, aparecia uma longa lista de fotos, oferecidas a JPT, tiradas a uma Ilha de Moçambique razoavelmente transformada em anúncio publicitário. A foto desta postagem vem de lá. As cores e os dizeres da empresa mcel preencheram muros, fachadas... mcelizando o ambiente.
A indignação teve eco. A empresa em questão respondeu e, inclusivamente, já se responsabilizou pela reposição das fachadas como se encontravam antes da intervenção artística. A blogosfera a actuar sobre o espaço urbano?
(da tal antena no centro histórico, também referida, não há referência,...)
Fiquei a pensar: se alguma coisa semelhante acontecesse na 'tugália será que uma vodafone, uma tmn ou uma optimus se comportariam assim? Será que seriam assim rápidas a publicitarem a reposição da ordem! De qualquer modo, não pago para ver. Ainda dava por mim a confirmar esta sensação terceiro-mundista que tenho... de nós.













[foto daqui]

domingo, junho 17, 2007

fatalidades
















Há amores condenados desde o momento em que nascem.

sábado, junho 16, 2007

está tudo explicado

Por isto é que o país não avança. Os nosso empresários são uma cambada de lamechas sentimentalões. Raios nos partam...

conversa a norte


















[+ info aqui]

sexta-feira, junho 15, 2007

coisas de mulheres / mulheres-coisas

"Isto é Portugal, um paízinho da treta que se acha importante porque tem auto-estradas, festivais de rock e um multibanco que funciona, mas que ignora tudo o que não seja capa de jornal, como as mulheres espancadas, mutiladas e mortas por aberrações de homens que sabem que têm todo o poder para desfazer vidas porque se está tudo a cagar, porque a quem lhe importa quantas caem, vítimas, de tanto desprezo. Se é intolerável 32 mulheres mortas, mais indigna saber que em Portugal nem sequer há números." diz a rititi...

Durante os anos que vivi em Barcelona perturbava-me a permanência, nos média, de notícias sobre os assassinatos carinhosos de que as mulheres, por terras de Espanhas, eram vítimas. Não sei se os números aqui são mais dramáticos ou não. (Alguém sabe?) Só hoje é que me dei conta disso. À conta da rititi dei-me conta – que estúpida distracção – de que aqui as assassinadas por amor não vendem, não estão nas primeiras páginas, nem na abertura de telejornais. Não estão. Não existem.

seminário estudos urbanos

Numa vaga à boleia da trienal, realizar-se-á, no ISCTE, durante os dias 19, 20 e 21 de Julho o Seminário Estudos Urbanos 2007, sob o tema Vazios Úteis. Será um acontecimento efectivamente académico e veremos se será mais capaz de pensar e reflectir cidade, cheios e vazios do que, por exemplo, a conferência internacional da dita trienal conseguiu.

terça-feira, junho 12, 2007

informação

Na próxima 5.ª feira, dia 14 de Junho, passa a entrevista do João Mendes Ribeiro na Rádio Europa (aqui e em 90.4fm). Não sei hora exacta mas será uma vez de manhã e outra de tarde. A desculpa para a dita foi ser ele o autor da representação oficial portuguesa na 11.ª Quadrienal de Praga, que acontecerá durante este mês de Junho.

Nota: afinal já sei a hora exacta: às 10.35 e 17.35... [+info aqui]

segunda-feira, junho 11, 2007

da luz

Estava quase a adormecer e tive esta iluminação: os blogs são montras onde nos passeamos na convicção de que nos vêem. Isto deixa-nos mais tranquilos e a sentirmo-nos menos abandonados. Não interessa se é verdade ou mentira. Simplesmente sem espinhas. Simples compulsão optimista.
Quem - também simplesmente - olha, limita-se a ser o que já era quando não nos deixávamos ver assim, um ausente.
Da escolha dos lados: prefiro construir alucinações a observar alheias.

sábado, junho 09, 2007

[t*] o terceiro dia uma semana depois

Fui adiando, por motivos pessoais vários, escrever sobre o último dia da conferência internacional (passado sábado). Confesso que os três dias de intensivos ares arquitectónicos também me cansaram e me deixaram com vontade de ver as coisas acalmarem. Seja como for, não queria passar sem deixar alguns apontamentos sobre o fecho.
A 5.ª sessão, sob a designação de O centro da periferia, terá sido talvez a mais sólida e com aparência de fazer sentido como sessão. O moderador, o experiente Kurt W. Forster, recebeu Bjarke Ingels, Graça Dias e Emílio Tuñon.
Bjarke Ingels, jovem arquitecto dinamarquês, apresentou uns quantos projectos, a passo desempoeirado e quase lúdico. Para lá da eventual discussão aprofundada que se possa fazer sobre os trabalhos apresentados, interessa-me sublinhar a atitude. Por um lado, a postura descontraída, que nada tem a ver com superficial, na transmissão das histórias que suportam o processo e a produção das obras e das ideias do BIG. Acho sempre um disparate quando a cultura bacoca é usada como corta e cola para dar consistência ao que se diz e projecta. Acho igualmente tolo assistir a grandes traços e posturas suportadas por um nada imenso de ignorância. Este vazio intelectual que inventa tudo, sempre, em qualquer momento iniciático de novo projecto. Atavismo puro. Pois foi fora de qualquer uma destas postura que Ingels se localizou. Com o ar leve de quem fala das referências históricas compreendidas como quem fala do material escolhido para uma maqueta, surgem discretas pontes a exercícios anteriores, praticados por outros e usados como material de reflexão. A arquitectura alpina de Bruno Taut é só um exemplo.
O orador seguinte foi Manuel Graça Dias. E, numa apresentação que visava reflectir o que era proposto na sessão, apresentou cinco projectos e foi explicando a estratégias de lhes conferir capacidade de se constituírem como dinamizadores urbanos na zona onde surge. Foi uma palestra despretensiosa e limpa. A fechar o trio de oradores ouviu-se Emílio Tuñon. A apresentação foi a menos estimulante dos três. Uns quantos projectos foram apresentados, suportados pelas caixas duchampianas de síntese que fazem sempre a ponte supostamente artística da arquitectura para fora dela mesma. Isto deixa-me sempre desconfortável e a perguntar-me: mas o que é que tem a arquitectura que nos envergonha? Curiosa a opção de revestimento exterior do Museu do Automóvel (Madrid), suportada pela industria de reciclagem auto do encomendador, e que confere um carácter seguramente inesperado ao volume.
A sessão que fechou estas conferências internacionais teve o título de Cidades Instantâneas. Centros Instantâneos? não teve muito história. Ou muita história de interesse. Fechou de um modo constrangedor com a performance do Sr. Kaplicky. Antes passaram pelo palco o João Pedro Serôdio e o Kengo Kuma. Salvou o pacote a introdução de Diogo Seixas Lopes que tentou usar a História para enquadrar o tema. Assim, começou por reflectir sobre a Revolução Industrial (industrialização) como elemento similar ao momento da nova crise produzido pela globalização. Passou depois para uma pequena e curiosa apresentação sobre a foto de Jane Fonda em território de guerra (Vietname) que passa a filme, Carta a Jane (1972), de Jean-Luc Godard e Jean-Pierre Gorin [colectivo Dziga Vertov]. A mim faltou-me um embrulho mais claro para esta proposta mas, pelos menos, tentou construir um discurso suportado pela disciplina da história que me pareceu um exercício possível.

TPC: Tive a sorte de ver o Eduardo Souto de Moura duas vezes numa semana. Primeiro na conferência internacional e ontem, no Estoril, enquadrada pela actividade do Pólo 4 da trienal. Foram muito interessantes as conversas e merecem uma posta (pelo menos) só para falar sobre isso. Falta também falar do documentário As operações SAAL, aqui já anunciado...

quarta-feira, junho 06, 2007

um assunto completamente fútil

Nasceu hoje o terceiro blog colectivo a que estive ligada na história da minha blogo-vida. O primeiro, o casa de fora, morreu como nasceu: abandonado pelos progenitores. Do segundo, o arq moderna 2005, perdeu naturalmente sentido ter-me por lá. Veremos como se aguenta este meu terceiro colectivo-blog.
O tema – uma desculpa para manter em contacto – é bastante fútil. Nada de cenas intelectuais, reflexivas, arquitectónicas. Só um grupo de supostos crescidos à volta de uns paus e de uns paralelepípedos – sobre a relva de Belém, o areal do Meco ou a neve da Serra – que se arremessam uns contra os outros (aos objectos, claro!). Um extra importante é, através da vertente virtual da actividade, conseguirmos enviar sinais para a muy simpática e querida ofertadora do pacote (obrigada, outra vez!).
Está aberta a caça ao kubb-virtual que há em todos nós, com o título muito possivelmente provisório (e realmente feio) de kubba-me.









[imagem adaptada, vinda daqui]

segunda-feira, junho 04, 2007

arquitecturas em palco

João Mendes Ribeiro é o responsável pela representação oficial portuguesa na 11.ª Quadrienal de Praga, que terá lugar de 14 a 24 de Junho na dita cidade.
A propósito disso, hoje há:
CONVERSA EM PALCO. Com João Mendes Ribeiro, Olga Roriz, Ricardo Pais, Miguel Pereira, Miguel-Pedro Quadrio, Daniel Tércio e Mónica Guerreiro.
Lisboa, Teatro Nacional D. Maria II - 4 Junho - 17h30










[imagem daqui]

domingo no mundo

Ontem, tive uma tarde algo kúbbica. Já não fomos foi a tempo de desenvolver a aptidões necessárias para esta competição na Suiça. Paciência... outras virão!














[imagem daqui]

domingo, junho 03, 2007

[t*] revisão do processo SAAL?

CINEMA S. JORGE, Lisboa
4 de Junho - 21h00
Extra]muros[ e Bazar do Vídeo apresentam
AS OPERAÇÕES SAAL, de João Dias
Antestreia do documentário (90’) seguido de conversa/debate com: João Dias, José António Bandeirinha, José Neves, Manuel Vicente, Nuno Teotónio Pereira, Nuno Portas e Samuel Roda Fernandes (moderador).

sexta-feira, junho 01, 2007

[t*] dos sub-temas e sobre um tiro ao lado

O segundo dia da Conferência Internacional aconteceu hoje. Não vou falar dos moderadores do dia, dos oradores ou das discussões. A análise de conteúdos em profundidade exige uma energia que, depois de muitas horas a brincar aos intelectuais e de outras tantas a fazer de mãe, já não me sobra. Fica para o pós-acontecimento, quando o esquecimento fizer passar a sua peneira pelo que foi ouvido e visto.
Só gostava de deixar duas notas... de estranheza. O primeiro motivo de tal estranheza é a falta genérica – com excepções, claro – de correspondências entre os temas das sessões e as apresentações dos oradores. O segundo é o que a c. chamou acertadamente de erro de casting: a presença de um tal Fernando Romero.
Versão telegráfica para manter canal aberto. A seu tempo estas coisas, e todas as que faltam, serão revistas e arrumadas.