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domingo, fevereiro 27, 2011

ensino superior e práticas pedagógicas

A generalidade dos graus de ensino nacionais exigem competências pedagógicas ensinadas, aprendidas e avaliadas. Não me interessam, neste contexto, os conteúdos e as efectividades de muitas destas situações. Interessa-me sublinhar este facto: dos educadores de infância aos professores do secundário, passando pelos do 1.º, 2.º e 3.º ciclos são considerados merecedores de tal designação profissional por terem, na sua preparação específica, unidade curriculares que se debruçam sobre as questões da pedagogia.
Estranhamente, para se ser professor universitário tudo isto cai por terra. Uma suposta formação científica superior ultrapassa todas e quaisquer falhas e ignorâncias no acto de ensinar quando se trata deste grau de ensino. Qualquer pessoa que tenha passado pelas escolas superiores pode apresentar uma lista de ex-professores carentes de umas dicas ou intuições sobre boas práticas pedagógicas. Os anos passam e a maioria das instituições mostram sensibilidade zero para este problema. Como as instituições são igualmente as pessoas que as habitam, depreende-se que esta indiferença continua a encontrar muitos adeptos entre os professores universitários nacionais.
Depois de ter passado uma dúzia de horas numa formação pedagógica destinada aos docentes do ensino superior, confirmo as minhas suspeitas: esta aprendizagem não é só importante, é vital para que as nossas estratégias na preparação e na concretização das aulas, assim como na avaliação, amadureçam, ganhem clareza e efectividade. Qualquer instituição universitária que se preze deveria investir nesta componente essencial para uma vida universitária mais sólida.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Workshop: Arquitectura?


16 de Fevereiro de 2011, 4.ª feira (T.0.2)

Saber o que é arquitectura começa, num primeiro momento, por ser uma aprendizagem intuitiva, resultante de uma diversidade de experiências pessoais e colectivas realizadas ao longo da vida. O ensino formal orienta as intuições e as curiosidades, alimentando-as com métodos, múltiplos caminhos e, se tudo correr bem, novas curiosidades e dúvidas acrescidas.
Com o intuito de sensibilizar para a reflexão sobre a cidade e a arquitectura, propõe-se um espaço de trabalho onde, através da discussão e da realização de uma esquemática proposta, se desafiam os participantes a contribuírem para uma ideia de cidade do futuro, com uma possibilidade de edifício que poderia ser parte dessa mesma cidade. Através do trabalho orientado pelos monitores, os alunos convidados são chamados a verbalizar ideias, desenhá-las e, de um modo simplificado, criar uma pequena maqueta representando a sua ideia do que poderá ser um edifício do futuro.
Posteriormente, reunindo todos os textos, modelos e desenhos efectuados durante os dois momentos do workshop – manhã e tarde – será montada uma instalação no espaço Expor da universidade. A projecção que estará patente na sala do workshop será alvo de reflexão e sofrerá as alterações necessárias – incluindo a apropriação do material novo – para ser parte igualmente integrante da instalação.



Coordenação: Patrícia Santos Pedrosa.
Monitores: João Banha, Marco Beltrão, Rui de Carvalho, Rodrigo Carvalho, Daniela Silva, Hugo Vieira e Carlos Vinagre. Apoio à produção: Susana Leonor.