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quarta-feira, novembro 14, 2007

o lugar dos ricos e dos pobres no cinema e arquitectura em Portugal

Isto acontece quinzenalmente na Cinemateca e o grande impulsionador chama-se José Neves. Do título, como do professor de arquitectura da FA em questão, apetece dizer: "são cá dos meus!".
"Desde sempre no Cinema, como no mundo – nos quartos, nas casas e nas cidades –, os ricos e os pobres tiveram os seus lugares, mais ou menos nítidos: da fábrica de onde saem os operários dos irmãos Lumière ao Xanadu do CITIZEN KANE; dos "lugares de miséria atrás de magníficos edifícios" dos olvidados de Buñuel à Paris dos burgueses discretamente encantadores; da vila dos pescadores de LA TERRA TREMA às villas das condessas, reis e príncipes de Visconti; dos albergues dos pobres de Preston Sturges aos hotéis de luxo de Lubitsch; dos borgate dos sub-proletários de Pasolini aos subúrbios das famílias remediadas de Ozu; das ruas da vergonha de Mizoguchi aos becos e ruelas do ANJO AZUL; da casa da mãe siciliana de Huillet e Straub à Versalhes do Rei Sol de Rossellini; das roulottes dos lusty men de Nicholas Ray à FAT CITY de John Huston; do quarto alugado da rapariga da mala de Zurlini ao palácio dos seus amantes; dos lugares dos criados e dos senhores de Jean Renoir, a todos os lugares de Chaplin...
Qual tem sido, em Portugal, o lugar dos ricos e dos pobres no Cinema? Qual vai sendo o lugar dos ricos e dos pobres na Arquitectura? Como é que o Cinema pensa e olha essa Arquitectura? Pode a Arquitectura pensar e construir-se também a partir desse Cinema? Foram estas questões que levaram o Núcleo de Cinema da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa a propor à Cinemateca Portuguesa a realização de um Ciclo de doze fi lmes, a exibir quinzenalmente entre Outubro de 2007 e Março de 2008."

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