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quarta-feira, novembro 29, 2006

11 de Fevereiro de 2007

Já temos data para a realização do referendo. Em Fevereiro do próximo ano vamos ser chamados a responder se “concorda[mos] com a despenalização voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”. Mais um episodio da saga IVG, a ver vamos... espero sinceramente que, para bem de todas as que vão passando todos os dias pelos constrangimentos que uma IVG clandestina pressupõe, isto seja o fim deste arrastado mau capítulo da nossa história. Aqui, como já se disse, vota-se e apela-se ao voto no SIM.

3 comentários:

Anónimo disse...

não achas óptimo o movimento dos médicos? a ana campos, se não me engano, é mulher do louçã. beijos. sofia

Anónimo disse...

Eu lá irei, achando que se o governo foi eleito por uma boa quantidade de portugueses, seria para decidir este tipo de coisas- que está farto de dizer achar que têm de mudar- e não para nos passar a batata quente.
Em 1982(!), se o governo francês tivesse decidido fazer um referendo para saber se os franceses queriam que fosse abolida a pena de morte, talvez ainda se usasse a guilhotina no país da Liberdade, Igualdade e Fraternidade... Foi preciso arriscar e decidir algo que a grande maioria achava que não devia acontecer.
Passa pela cabeça de alguém que as mulheres passarão a encarar levianamente uma interrupção voluntária de gravidez só porque a podem fazer legalmente? Mas está tudo doido ou ainda acham que essas sacrílegas devem ser punidas com sofrimentos e sequelas atrozes após uma decisão (quase) sempre tão penosa?
Acredito muito no poder do acto isolado, do civismo sem olhar ao que os outros fazem e no real poder que a iniciativa individual tem para ir mudando as coisas... mas nem sempre chega e espero que sejamos muitos aqueles que iremos sair de casa dia 11 de fevereiro de 2007, faça chuva ou sol, para ir votar.

patsp disse...

Caríssimas, gosto de pensar que as coisas vão acontecer no sentido de se ultrapassar esta negra e troglodita lei. Sim, o PS não teve ovários para assumir a sua maioria absoluta e pôr fim a tudo isto. A maioria só serve para algumas coisas... e não propriamente as coisas que dizem respeito à defesa dos direitos das mulheres! E sim, parece que mais gentes de áreas tradicionalmente silenciadas sobre este tema se levantam... e o que me dizem da posição pública, pelo não, que a RRenascença decidiu tomar? Será que é medo da força do SIM?!