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segunda-feira, janeiro 15, 2007

das cidades e do futuro

Refere hoje o Diário de Notícias:
Num dia ainda não bem determinado de 2008, metade da população do mundo viverá em cidades. Mas um sexto de todos esses citadinos (1,1 mil milhões de pessoas) habitará bairros de lata sem quaisquer condições de salubridade.
Os números são adiantados no estudo Estado do Mundo em 2007: o Nosso Futuro Urbano, apresentado em São Francisco pela organização WorldWatch Institute. Molly Sheehan, directora do projecto no instituto, afirma que "a escala da urbanização não tem precedentes. Passámos de aproximadamente 10% da população mundial vivendo em cidades em 1900 para metade hoje, e, se a tendência continuar, 70% viverão em cidades nos próximos 20 a 30 anos". Todos os anos são acrescentadas às cidades e subúrbios do mundo 60 milhões de pessoas, que vão viver para zonas com poucas ou nenhumas infra-estruturas sanitárias, educacionais ou de cuidados de saúde. Diz Sheehan que "a comunidade internacional tem sido lenta a reconhecer o crescimento da pobreza urbana. Alguns continuam a ver a pobreza que alastra nas cidades como um problema a ser, na melhor das hipóteses, ignorado e, na pior, combatido e expulso". Anna Tibaijuka, directora executiva do programa Habitat da ONU, afirma no prefácio do relatório que "se há uma altura em que podemos actuar, é agora", avisando que "muitas cidades são ambientalmente insustentáveis" e que estão "rapidamente a tornar-se socialmente insustentáveis".

Vale a pena ler o resto aqui (o sublinhado a negro é meu). Será que profissionais da área, políticos, aprendizes de profissionais da área, população em geral estão conscientes do que aí vem? E o é já mesmo aqui à frente. A quem servem o desenho do território e a arquitectura destes nossos dias?

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