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segunda-feira, fevereiro 26, 2007

bons ventos

Já vos aconteceu adiarem até ao limite um correio electrónico duro de escrever? Daqueles que são para pessoas de quem parte da vossa vida depende, tipo orientadores de teses... e cujo vosso anterior silêncio não ajuda a ter vontade de escrever.
Pois hoje armei-me em forte e enviei dois desses. E pasme-se: aos dois os senhores professores doutores responderam em menos de uma hora e com um sentido positivíssimo! Ele há 2.ª feiras santas!

sábado, fevereiro 24, 2007

tristezas

Fico muito desconcertada quando tropeço em mais um trabalho construído, total ou parcialmente, com suporte ao plágio. Frases inteiras roubadas e remontadas, com menos ou mais saber, sem que seja dito da sua proveniência. Sinto que falhou o meu objectivo primeiro como professora: o de manter vivo o respeito pela palavra alheia, pela ideia do outro. Se nunca lhes tivessem falado da importância da honestidade intelectual mas nem é o caso. Eu até acho que sou uma chata com esses assuntos...
Felizmente existem os outros alunos e trabalhos que nos salvam destas pontuais lamas.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

mudança de turno

Agora, com a nossa estrutura curricular adaptada à tal Bolonha, o ano lectivo é efectivamente dividido em dois. Implica algum desconforto para disciplinas para as quais a estrutura anual é mais adequada – desenho, projecto, por exemplo – e que supõem um trabalho continuado, com os mesmos docentes, ao longo do ano lectivo completo. É caso para perguntar se faz sentido esta manutenção ficcionada da continuidade anual. Estava para aqui, em delírio, a pensar que os professores destas mesmas disciplinas podiam ir saltitando...
Fora as provocações, fica a pergunta: o que deverá mudar intrinsecamente para que estas adequações não sejam só superficiais e evitar que, até nalguns casos, resultem situações de difícil gestão.
Nesta dificuldade de que falo insere-se, por exemplo, a necessidade de mudar comportamentos – de ambos os lados – no sentido de se aceitar a unidade semestre como efectiva... Afinal já não existe realmente um segundo semestre para resolver uma avaliação anual final, com o que isto tem de resultado na leitura dos objectivos conseguidos.
Agora, a cada fim de semestre, muda o turno e o que fica no extracto académico de cada aluno não é a brincar. É assunto encerrado.

[imagem daqui]

terça-feira, fevereiro 13, 2007

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

o dia a seguir

O sim ganhou. Sem me apetecer fazer análises pseudo-políticas, olho para tudo isto como o princípio de um caminho ainda longo. Agora é preciso levar mais a sério o direito à informação sobre reprodução e acessibilidade da contracepção. É necessário que se avance com estruturas de apoio às mulheres que pensam recorrer à ivg. É necessário que o país esteja à altura do sim politicamente expressivo que tivemos ontem. É necessário que se defenda a liberdade de escolha sustentada pela informação e pelo apoio efectivo a quem decide. Agora veremos da nossa capacidade de concretizar modernidade no que a este tema diz respeito.
Um pequeno passo para o país, o primeiro de um grande passo para a vida das mulheres.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

os sins do meu sim

Depois de uma ausência longa (a vida obriga!), venho deixar de modo mais claro alguns dos sins do meu sim. Noutras intervenções já tinha aberto as portas para os porquês (por exemplo, aqui e aqui) mas, em fecho de campanha e depois de ter lido, visto e ouvido muita coisa, tento chegar aos meus motivos.
1. Não sou pró-aborto, ninguém o é. Sou pró-vida sem obscurantismo, sou pró-escolha e pró-respeito pelas mulheres;
2. Acredito na capacidade das mulheres decidirem. Se considera a sociedade que, naturalmente (?), estamos preparadas para aceitar a responsabilidade da maternidade então, parece-me, devem considerar fortemente a possibilidade de sermos capazes de decidirmos sem leviandade sobre o caminho a tomar face a uma gravidez não desejada;
3. Acolhida numa estrutura legal, informativa e de apoio multidisciplinar a mulher decide com menos dor física e psíquica, definitivamente com menos sequelas. Quem sabe se apoiada e esclarecida, sem os medos implícitos à silenciar da angústia, a mulher não decide pela via da aceitação da gravidez?
4. A educação para uma sexualidade saudável e responsável não está implantada. O planeamento familiar funciona mal e escassamente. Os métodos contraceptivos são falíveis. A passagem da mensagem sobre uso sistemático e correcto dos contraceptivos tem sido muito falível. E, afinal, sexualidade não é igual a reprodução.
5. Porque não quero que as nossas filhas, amigas, primas, namoradas, mulheres, mães passem pela mesma situação de ilegalidade que eu passei um dia.

Espero que o SIM ganhe. Espero que uma maioria sinta que o assunto lhe diz respeito porque, realmente, diz respeito a todos. Espero que libertem as mulheres portuguesas da potencial culpa criminosa que neste momento todas transportam: correrem o risco de engravidar e não quererem.
Porque ser mãe querendo-o é único, indescritível e merece ser saboreado.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

colaboradores precisam-se







Vem aí a Trienal de Arquitectura de Lisboa. Promete. Pena sofrer de lisboócentrismo. Segundo um dos responsáveis, e em resposta a alguns comentários críticos deixados no blog, José Mateus afirma que "como a equipa da Trienal ainda necessita de mais colaboradores, basta enviarem um mail para a Trienal, com o CV e Nº telefone, para poderem ser considerados em futuros alargamentos do quadro de pessoal".
Como não sei se vão ter o bom senso esperado de publicitarem esta necessidade de colaborados, fica o informal aviso...